Valha-me Deus!
Meus caros amigos e amigas, é constrangedor...
Acordo, quase todos os dias, às cinco e meia da manhã.
Aqueles sonhos eróticos, sabe? Que nada!
São os sabiás se vangloriando:
" tirei, tirei, calcinha, soutien, tirei, tirei..."
Um outro responde de lá " tirei tirei também
calcinha sutiã, tirei, tirei"
Depois vem o Bem-Te-Vi " hiiiii, tirei, hihihiiiii"
O Pardal é mais atrasado – tiriritiraquitiriri...
A Curuíra, gaga e apressadinha - tttiiiirei, tiiireii"
Em pouco tempo, a multidão " tirei, tiramos, calcinha, sutiã,soutien,tttiiiirei, tiriritiraquitiriri..."
Que sacanagem, se antes dos sabiás, gemiam as gatas e os gatos...que nem num Rock and Roll
"iauhhh, iéééhhh, uauuuuu!"
E vem periquito e papagaio, aqui bem no meio da Vila Madalena.
Legal, mas logo vem as porras dos cachorros "uaúauuuuhhhh"
e os bichos todos, que amanhecem nidi-ficando,
"Trepando", que é como as aves namoram - o macho subindo em cima, literalmente.
Aos 54 anos, é constrangedor...escutar tamanha sanha santa natureza...
Ainda bem que depois eles se calam, e vão recuperar as energias,
comendo por aí, colibri.
Mas vem o pai das Bem Te Vi, culpando, véio," Bem-Tem-Vi..."
O resto é avião pra Congonhas, e aí começa o dia,
que não é o das Cegonhas.
Valha-me Deus, sem tomar o Santo Nome Em Vão, claro.
Pio Redondo é jornalista. redondo@uol.com.br
terça-feira, 25 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
sábado, 15 de setembro de 2007
Coisas dos meus amigos...
Filme Nacional
Três horas da tarde. Mário voltava pra casa pela rua Clélia, coração da Lapa, e ria muito, pois um vizinho desgostoso da vida com um carro Pollo da Wolkswagem, mandou fazer adesivos colantes para todos os vidros do carro dizendo que o carro é uma porcaria, que o fabricante é picareta, que a garantia de fábrica é uma farsa e que ele não vendia o carro, pois seria uma grande sacanagem.O sol de inverno era fraco, mas gostoso, de encher os olhos.Chegando na esquina Mário ouve uns sons esquisitos, parece tiro. Parece, não! São tiros. Ele vê um cara de capacete amarelo atirando pra dentro da loja de carros. Mulheres gritando, homens correndo.Mário demora a entender o que está acontecendo. Quando percebe que não é brincadeira corre para trás de uma Kombi velha. Não sabe se se joga no chão ou fica ali vendo o que acontece. Quando a arma dispara faz um barulho seco, sai uma fumaça azul.Os dois ladrões estão mais desesperados que os outros. Um numa moto, meio que empurrando a moto e o outro gritando para o motoqueiro seguir pela contra mão. Gritando desesperado. Tinha acabado de atirar, carregava um malote de banco numa mão, na outra a arma e gritava com o companheiro, dizendo que queria ir embora pela rua Espartaco, na contra mão.O motoqueiro grita alguma coisa, o atirador sobe na garupa da moto e eles fogem devagar, pela contra mão.Algumas mulheres se escondem dentro do bar. Os carros param no meio da rua. Os homens começam a sair de trás dos carros.De dentro do banco sai um homem loiro, a paisana, com uma arma prateada, enorme. Grita desesperado para ligarem para a polícia. Parece que está em um filme americano de ação e sai com as duas mãos segurando a arma e apontando para onde corria, se esgueirando pelas paredes. Atravessa a rua. Grita de novo para chamarem a polícia. Volta a atravessar a rua para o outro lado. Fala com alguém. Sai correndo, descendo a rua Espartaco atrás dos ladrões.Assustado Mário sai de trás da Kombi, grita com o loiro pra abaixar a arma. O loiro abaixa e grita de volta dizendo que é polícia. Mário afirma que o loiro pode atingir alguém que não tem nada a ver com a história. O loiro continua correndo.O medo de ser atingido por uma bala faz parte da vida de todo brasileiro, basta assistir telejornal.Os sons dos tiros, os estampidos, ficam nos ouvidos. Parece que dura uma eternidade.Mário atravessa a rua e quer saber se os tiros atingiram alguém. Os vendedores da loja de carros estão assustados, procurando as balas. Uma mulher de trinta anos, mais ou menos, está em estado de choque. Os vendedores de carros descobrem onde um tiro acertou. Ficou um buraco enorme na parede.Mário fica pensando que a bala podia lhe atingir. Se abriu aquele buraco na parede imagina numa barriga, no meu rosto.Todo mundo fica meio atordoado. Foi muito rápido, mas parece que durou horas. Começa a juntar gente e o único assunto é o medo de bala perdida.Já passam uns dez minutos e aparece o primeiro carro da polícia. Chegam cantando pneu, sirenes ligadas. Logo um outro carro policial maior pára no posto. Dois policiais armados até os dentes saem correndo a esmo, meio sem direção. Um deles tem uma metralhadora e o outro uma calibre 12. As pessoas que estavam na frente da loja de carro correm novamente com medo que a polícia comece atirar. Medo de ser confundido. Na rua, todo mundo parece ladrão.As viaturas continuam chegando. Doze mais ou menos. Todas fazendo barulho e cantando pneu. Armam uma praça da guerra. Armas na mão, os policiais correm sem saber pra onde ir. Um dos policiais pede informação para um senhor. O velhinho diz que os ladrões assaltaram o banco Itaú ao lado e que já deviam estar muito longe, pois a polícia tinha demorado muito.O policial se controla pra não encher o velhinho de porrada. E pergunta aos berros por onde eles tinham fugido.O velhinho responde, agora com medo.Os policias entram na viatura e descem a Espartaco na contra mão, como se fosse filme americano. Todos os outros carros de policia saem correndo. Cantando os pneus.Os ladrões já devem estar muito longe.Crônica do meu amigo e jornalista Julio Moreira www.juliomoreiravideos.blogspot.com
Coisas que vejo...
Freezer
Eu e minha melhor amiga, resolvemos por em prática uma idéia de há muito tempo...Saímos pra comprar uma caixinha, que tivesse duas chaves, seria o nosso “freezer”. Uma chave ficaria comigo e outra com ela e nessa caixinha iríamos depositando os nomes ( com telefones) de homens que não queríamos mais falar, pelo menos, temporariamente...O combinado é quando resolvermos falar com alguém que está lá no “freezer” teremos que consultar a amiga. Não que a outra vá interferir no descongelamento de algum nome. Mas como uma boa amiga, pedirá, pelo menos, que a outra considere ...avaliando se é mesmo o momento pra isso.As mulheres, desde os tempos das cavernas, aprenderam que, por uma questão de necessidade, tinham que preservar seus machos. Afinal eram eles que cuidavam da sua segurança e da sua prole, traziam a caça ... E desde então elas, mesmo inconscientemente, procuram o tempo todo estabelecer laços. A ligação telefônica no dia seguinte a um encontro, ainda é uma coisa que muitas mulheres valorizam. E que muitos homens entendem como o primeiro passo para um compromisso. Já os homens , também na época das cavernas, tinham que disseminar seu sêmen no maior número de fêmeas possíveis, para a preservação da espécie. Por essa razão, até hoje, temem os vínculos...Quando você consegue entender todo esse processo entre homens e mulheres, aprende a lidar melhor com sua ansiedade. Passa a não se sentir a pior das mulheres, se seu amante não ligar no dia seguinte a um encontro...tudo bem...ele pode ser apenas mais um grosso...E pra garantir que vamos saber lidar com essas situações está lá ( guardadinho) nosso “freezer”...Homens não fiquem ofendidos...estar no “freezer” não é tão ruim assim, indica que pode merecer uma nova oportunidade e isso a gente só dá pra quem vale a pena...
Mari Angela Magalhães
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Coisas dos meus amigos...
Crise e Irritação ou "Tá todo mundo nos cascos"
Um epidemia vem tomando conta do país: a irritação. Trata-se da hipersensibilidade aumentada pelo estresse.O estresse é fruto de excesso de desgaste físico e mental também aumentados pela crise. Tem coisas que te cansam, tem coisas que te estressam. Por exemplo: você conversa com alguém por várias horas; isso te cansa. Você conversa com alguém cujo jeito te desagrada, cujo ritmo, as opiniões e valores são muito diferentes dos teus; isso te estressa, te desgasta.Trabalha-se mais, ganha-se menos. Trabalha-se mais, descansa-se menos. Ter que lidar com centenas de coisas ao mesmo tempo com poucas chances de lazer, prazer e descanso. O estresse pode ser também sintoma de que a pessoa está longe de ser aquilo que gostaria, longe dos seus sonhos. Mas isto já é uma outra estória.As situações de estresse incrivelmente aumentado são as situações tais como problemas graves de saúde, grandes perdas afetivas (separação e/ou luto), problemas financeiros constantes e outros.Essas situações de estresse costumam afetar-nos de modo a deixar-nos bem mais vulneráveis, mais fragilizados, mais sensíveis, mais irritáveis, mais irritadiços.Estamos percebendo isso no nosso dia a dia. No trânsito, no trabalho, nas relações, estamos menos tolerantes, mais “pavio curto”.Não é a toa que o mundo inteiro reclama da violência. A violência não é obrigatoriamente fruto da pobreza mas com certeza pode ser fruto de desespero prolongado. São comuns os filmes que ligam a violência ao estresse.Hollywood adora abordar o tema em seus filmes.Porém, o que queremos aqui é refletir sobre essa sensibilidade estranhamente aguçada que faz com que se reaja com excessiva mágoa a qualquer toque do outro. Qualquer toque que nos exponha ou que nos faça sentir expostos. Lançados a mercê do julgamento alheio, da apreciação alheia ou da depreciação alheia. Antigamente se dizia "estar nos cascos" a respeito de alguém que se "toca", que se irrita por qualquer coisa. É, parece que a crise nos deixa "nos cascos".Crise- s.f. Transformação, conjuntura e perigo,situação difícil.(Silveira Bueno)Transformação !!!E é graças a essa hipersensibilidade que a crise pode ser uma grande oportunidade de depurar os sentidos, burilar a personalidade, perceber que aquilo que nos irrita nos outros é exatamente o que, em nós, irrita os outros.Incrível, não ? Por que ? Você achava que não irritava ninguém ?Oh santa ingenuidade !Bem, que mais podemos então aprender com a crise ?Quem sabe, se colocar no lugar do outro, lembra-nos constantemente que quanto mais fragilizados, ficamos mais sensíveis, fáceis de nos irritar, mais intoleráveis. Lembrar disso para não ferir gente que a gente não queria ferir. Vale ? Não sair por aí distribuindo "patadas".A crise financeira em que nos achamos, apesar das francas promessas de melhora, nos lança na irritação, na diminuição considerável da paciência (ciência da paz). Coisas que em outras épocas não nos afetaria, em tempos "bicudos" nos faz "subir nas tamancas".A própria compreensão de que estamos em constante estado de alerta faz com que possamos lidar um pouco melhor com nossa própria falta de paciência.Diante de dificuldade só nos resta crescer. Crescer ? Sim ! Crescer.Quando a situação está além do meu controle, tudo que me resta é "agrandar" minha compreensão e minha capacidade de lidar com o desconforto. Desconforto gerado pela insegurança provocada pela crise. Complicado ?Nem tanto, se você se lembrar da velha e meio esquecida gentileza. É, sabe aquela gentileza de cumprimentar todo mundo que passar perto de você com um sorriso. Perguntar da família. Não esquecer do “por favor” e “obrigado” o dia todo.Você acha difícil exercer essa cordialidade com tantos problemas que você tem que enfrentar todo dia ? Faz uma forcinha ! Lembre-se que a gentileza, assim como a irritação, também é contagiante. Bom humor é contagiante. Sorrir é contagiante. Alegria é contagiante. Vamos nos contagiar de bom astral. Vamos contagiar os outros com nosso melhor sorriso. De qualquer modo, se preocupar um pouco mais com os outros é sempre uma boa receita para sair um pouco dos próprios problemas. A empatia que é a qualidade de se colocar no lugar, na pele do outro, é característica dos humanos mais evoluídos. Se nos colocarmos mais constantemente no lugar daquele outro que estamos “xingando” no trânsito, ou daquele outro que nos irritou no trabalho ou daquele chefe que nos exige demais porque o seu próprio emprego está em risco, estaremos dando uns passinhos a mais na direção da nossa própria felicidade. A felicidade que é feita de pequenas coisas.Bettina Korall é psicoterapeuta e professora de técnica vocal, clinica e dá aulas em São Paulo - Capital
Coisas dos meus amigos...
Comentários...
Olha só os comentários gerados pela crônica publicada neste blog, com o nome "Batalha"...Ju disse...Oi primo, muito bom esse teu texto. E muito preciosa essa lista de conselhos - deixar a água correr lentamente, tirar as lentes com a caca impregnada, não pegar as bombas com as mãos desprotegidas... e não esquecer da comissão de segurança, seja ela qual for. Gostei tanto que passei pra uma galera,rs. Aliás, já que vc virou habituée deste espaço bacana, vou linká-lo ao meu blog também. Bjos!JuJúlio disse...A Juliana é das melhores coisas que já aconteceram na minha vida. Eu vi o dia que ela nasceu. A vi menininha carinhosa. Na adolescência, como era de se esperar eu pouco a vi.Agora ela virou jornalista, brilhante. Minha priminha, por quem tenho enorrrrrme carinho.Dia destes, ela reinava no CB BAR.Sérgio disse... Dear M&M (Master Moreira), Bem. Demorou, mas chegou.Coloquei sua crônica no ar, sem os negritos, que não uso.Coloquei links na barra lateral para seu blog e para o da sua amiga.O seu porque estava prometido, o dela porque acho simpático.O texto coloquei no ar porque está ótimo, à proposito, leve e bem-humorado.Continue assim. Está cada vez melhor.Júlio disse...O Sérgio é um bom amigo e tem um dos melhores blogs que conheço: www.sergiopinehiroslopes.blogspot.com. É impressionante a capacidade de pesquisa e a qualidade dos vídeos que ele publica.Pio Viscontte Redondo disse... Julião, meu amigo, às vezes a esperança pede ajuda...Lembrança vaga e marcante, daquelas que grudam em vocêpelo cheiro, à força, pela emoção maltratada...éramos todos jovens e dispensamos quem segurasse a mão, com a mão de ferroe os mais velhos tinham perdido a coragem.A PUC de São Paulo, em frente da universidade,ao lado de uma pequena ladeira que dava acesso aos fundoseu ali, sentado ao lado da Virgínia,sentada ao lado de outros muitos, mais de 700 estudantesExpressar um direito, buscar um divisor de água, a briga da liberdade, simples, e por educação gratuita de qualidade.E naquele tempo, a universidade pública não estava tão sucateada,a USP era patrimônio do pensamento, sinônimo de competência, o talento, dom realizado, como qualquer um ( e melhor pra todos) deveria saber o gosto.A gente ali, 18, 20 anos, não conhecia, ainda, o peso truculência...Quando você olha para trás, para entender a gritaria, vê lá os cacetetes batendo forte nos escudos, a roupa escura intimidando,sem rosto, a fúria analfabeta em linha, ignorante, traiçoeira ,ao comando de um Dart Vader qualquer do espírito pobre.As bombas de gás fumegantes, às dezenas, no meio da estudantada desprevenida.Não tinha manual, autodefesa,nem preparo que desse conta da ira organizada- a histeria institucional da ditadura militar.700 presos na PUC cercada, feridos, como a Virginia, queimada na perna pela bomba de gás,uma fileira de ônibus conduzindo pra cadeia...Ficou pior pra eles, os generais e os coronéis - um tal de Erasmo -aquela truculência bárbara contrao ato pacífico, em defesa da educação e da liberdade.As coisas parecem que caminharam assim, confusas, no meio da liberdade aparente...a USP sucateada, as federais também, escolas particulares desqualificadas com o nome de universidade, estudantes com manual para apanhar menos do choque, e um troglodita plantão, sempre...em algum lugar no meio da alma mal cuidada. Que mau.E a gente, pensando na insegurança,na mão de alguém que nos...Júlio disse...O Pio é um dos bons amigos que tenho. Sua militância é eterna e necessária.Mauricio Adachi disse...É auto-biográfico? Meio "bukowskiano". O tipo de texto que eu aprecio. Vou visitar de vez em quando...Júlio disse...Os Maurícios são meus alunos mais apatralhados. Mas eles fizeram um vídeo – “Prá descer todo santo ajuda” que é das melhores produções deste ano.O vídeo é de uma atualidade impressionante. Nada mais 2007.E o Maurício Longobardi é de uma generosidade emocionante. Flávio disse...E AHÊ, Julião!!Mandando bala, hein?Do seu texto eu só tenho uma observação:ESSES CARAS PULAM DE CABEÇA EM PISCINA VAZIA, PÔ!!!Na vida, como vc relacionacom o fato, precisa mergulhar de cabeça, mas em piscina cheia. Se tiver vazia, faz acordo pra encher.Se não, não dá.Se não der acordo, espera a chuva enche-la.E, como regra de jogo é regra de jogo ( e a regra da vida não se quebra, pois não dá), o jeito é aprender a nadar. Quanto melhor, melhor.E torcer para não colocarem um tubarão, daqueles enormes, nem piranha, pois vamos ter que acabar nadando de costas.Júlio, estou te escrevendo isso pois acredito firmemente nessa filosofia, que norteia minha vida.Sem dinheiro, mas sem stress.E, seguindo a masturbação dessa filosofia que sempre sigo, tal qual mariposa à luz, resumo minhas atitudes a todo esse conceito.Ou seja,NADA!!Abs,Flávio, o NADAdor.Julio disse... Grande FlávioGloriosa disse... Julico,Juro que fiquei com vontade de te pegar no colo depois de ler a crônica. Este paralelo da segurança transmitida pelos mais velhos com a comissão de segurança... só você... adoro teus textos, a maneira simples como escreve e a transparência deles.Queria escrever descomplicado Agora, quanto a ferida...tenho um band id, serve?Da gloriosaLuiz Thunderbird disse... Aaaaaaaaah!!! Já fomos mais jovens. Mas eu continuo esfregando os olhos quando alguma coisa me incomoda. Adoro pimenta, mas na comidinha quentinha. Mas voltando às instruções... manter a calma, né? Como mantenho algo que nunca tive?!! Júlio disse...Pork-a-light é uma das bandas do Luiz Thunderbird. Ele também tem os Beatles Forevis e os Devotos NSA. Agora o Luiz inventou uma inovação no mercado audiovisual: um programa de tv que acontece semanalmente na Internet, tem que ver: www.thundervox.com.brToca Devotos!!!Beijos a todos, Julio Moreira ... com preguiça
Coisas que vejo...
Amor
Ele nos pega...assim de surpresa...vai se instalando, sem pedir licença. Aos poucos segue ocupando todo o espaço, cada cômodo da casa, um a um. E sem nos darmos conta ele vai crescendo até começar a transbordar pelos nossos poros, olhar, sorriso...
E aí a gente fica com aquela cara de bobo, todo feliz...
Nesse estágio já não há como disfarçar ...e ele continua crescendo, sem interrupção...e se transforma em algo muito maior que a gente.
E você continua com aquela cara de bobo, todo feliz...
Mas aí quando não há mais espaço pra ele existir...você começa pedindo, com toda educação, que se vá...daí você manda ele embora, depois começa cortando todas as folhas, galhos, troncos e se dá conta que as raízes se instalaram tão profundamente que não há mais como removê-las...
Então... você fica só com a cara de bobo...
Mari Angela Magalhães
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Coisas dos meus amigos...
Caixa de Emails
Quantas vezes por dia você abre a caixa de emails para ver se chegou aquele email super importante?A cada dia que passa as pessoas ficam mais alucinadas com as correspondências digitais: email, msn, skype, orkut, caixa de mensagens do celular...Não bastasse, tem gente que abre umas três vezes por dia aquele email do provedor velho, que já nem usa mais, só pra ver se algum desavisado mandou alguma coisa.E a gente se pega fazendo coisas tão tontas. Outro dia eu cheguei tarde da noite e abri o computador. Não é que Carol, que mora em Fortaleza, estava fazendo a mesma coisa, também tinha acabado de chegar de uma balada. Os dois caindo de sono e trocando umas mensagens no msn.O Sérgio deixa o Outlook ligado o tempo todo e quando chega um email, uma mensagem sonora, com voz de mordomo assassino dos filmes dos anos 50 grita: Séééééérgio você recebeu um email!Ansiedade. No Houaiss está descrita como substantivo feminino, caracterizado por grande mal-estar físico e psíquico, aflição, agonia, desejo veemente e impaciente, falta de tranqüilidade e receio. E como psicopatologia: com estado afetivo penoso, caracterizado pela expectativa de algum perigo que se revela indeterminado e impreciso e diante do qual o indivíduo se julga indefeso.Tivesse escrito o verbete hoje, o Houaiss teria que introduzir um parágrafo para descrever esta síndrome digital que estamos criando.Estamos dedicando cada vez mais espaço para as máquinas dentro de nossas cabeças. A ponto de o computador estar mexendo com o nosso psicológico, com o nosso afetivo.No momento que utilizamos o computador como meio de chegar às nossas relações profissionais e pessoais ele acaba ocupando um espaço que anos atrás seria considerado, por nós mesmos, um absurdo. Acho que acaba causando uma confusão mental danada.Sem contar que muitos de nós passamos a maior parte do tempo trabalhando no computador. Tenho um amigo, o Daniel, que trabalha com TI e é mágico no photoshop. Quando chego pra falar com ele, a sensação que tenho é que ele está dentro do computador. Como se a cabeça e as mãos estivem dentro da máquina. Ele demora um pouco, questão de segundos, mas demora pra “locar” e conseguir falar com quem o chama do lado fora.Mas eu não sou contra não. Escrevo este texto no Word e ao mesmo tempo mando umas fotos para Mari Ângela pelo gmail. Por duas vezes já parei pra ler emails que acabaram de chegar. Não era nada importante.
Texto do jornalista Júlio Moreira http://juliomoreiravideos.blogspot.com
Coisas dos meus amigos...
Batalha
Sempre acreditei que quando eu fosse adulto como eles teria a mesma força, a mesma segurança.
Hoje o pai, o tiozão sou eu. E parece que o tempo me deixou na mão. A segurança não veio. A razão não veio. A tranqüilidade muito menos.
Pior. Algumas pessoas, geralmente mais novas, vêem em mim o mesmo senhor seguro, tranqüilo, que eu via. Aí uma boa explicação para a palavra dicotomia.
E eu ainda ando procurando, nem sempre nos locais mais indicados, mas sempre buscando.
Outro dia fiquei lendo o material que os líderes da invasão da reitoria da USP distribuíram aos alunos. Tinha um belo poema do Brecht.
Eles também fizeram um panfleto para preparar os alunos para quando o choque for fazer a reintegração de posse. Eu fiquei muito assustado com quanto a luta com o choque tem a ver com nossa vidas, apesar dos nossos 40 aninhos:
“ Hermano, o que você NÃO DEVE FAZER quando a repressão chegar:
- Jamais fique sozinha(O);
Eu também odeio a solidão.
- Não pegue as bombas nas mãos, mesmo as de gás, pois elas queimam;
Fujo das bombas, até das chocolate, como o diabo foge da cruz. Apesar de não conhecer o diabo.
- Se for atingido por spray de pimenta ou de gás lacrimogêneo, não esfregue, principalmente os olhos, pois isso só fará piorar;
Outro dia fui atingido por um spray de perfume e estou atrapalhado até hoje...
- Não jogue água diretamente nos olhos, e sim vire a cabeça lentamente, deixando a água escorrer do olho para fora, sem esfregá-lo;
Lentamente, eis o segredo...
O que você DEVE fazer quando a repressão chegar:
- Mantenha sempre a CALMA. Não tome atitudes individuais, procure a comissão de segurança;
Procure a comissão de segurança. Eu quero o meu pai, eu quero o tio Severo...
- Retire suas lentes de contato, os gases - lacrimogêneo e spry de pimenta – se impregnam nelas;
O perfumes impregnam a alma...
- Mantenha um pano com vinagre sempre úmido tampando boca a nariz;
Vinagre é sempre bom. Outro dia vi o Saramago dizendo que se curou com doses de vinagre...
- Em caso de ferimentos, estanque a ferida com um pano limpo e procure a comissão de segurança.
Estancar as feridas e procurar a comissão de segurança!
Estancar as feridas e procurar a comissão de segurança!
Estancar as feridas e procurar a comissão de segurança!
Crônica do meu amigo e jornalista Julio Moreira www.juliomoreiravideos.blogspot.com
Coisas que vejo...
20 anos de feira na Pompéia
Ontem, estive na feira da Pompéia. Este evento tão paulistano completou 20 anos...Durante todo esse tempo, por lá, se apresentaram artistas dos mais variados gêneros: danças típicas; balé; artistas de rua; shows; de MPB, rock, chorinho, jazz, samba...enfim, uma infinidade de atrações musicais que, muitas vezes, não encontram espaço na mídia para divulgação de seus talentos. Além de artesões e comidinhas típicas.A feira começou meio tímida, com apenas um quarteirão, mas foi crescendo e hoje toma vários quarteirões do bairro, com cerca de dez mil visitantes.Uma festa popular que oferece lazer e cultura, democraticamente, a todos os moradores dessa cidade. Mais ou menos, como a praia no Rio de Janeiro, lugar onde todos freqüentam, ricos e pobres, brancos e negros, homens, mulheres e crianças...Mas os chatos de plantão estão sempre a postos pra estragar a festa, né?Alguns moradores, representados pelo CONSEG ( Conselho de Segurança da região) querem tirar a feira dali. Alegam transtornos, como por exemplo, suas garagens bloqueadas, algumas brigas e depredações. Quanto às garagens, vamos e venhamos, é apenas um dia no ano...Já as brigas, aconteceram no passado, mas ontem tudo transcorreu na mais santa paz e organização.Segurança não se consegue com repressão e cadeias cada vez mais lotadas. Uma cidade segura é aquela que oferece oportunidades de trabalho, lazer e cultura para seus moradores. E nesse ponto a feira da Pompéia está fazendo sua parte. Parabéns aos organizadores, aos moradores que contribuíram para a realização desse evento, aos expositores e comerciantes.Parabéns feira da Pompéia por seus 20 aninhos, que você continue assim... cheia de realizações, com muita saúde, por muitos e muitos anos !!!
Mari Angela Magalhães
Coisas dos meus amigos...
As horas
Esta semana ganhei de um amigo um relógio que anda para trás. Maluco o relógio. Invenção do Pio Redondo.Coloquei o relógio na minha mesa de trabalho e fico olhando para ele. Parece que o tempo está de marcha a ré.Apesar dos ponteiros andarem para trás, o relógio marca o tempo normalmente, apenas os ponteiros andam no sentido inverso.Parece com o personagem nonagenário de Gabriel Garcia Marques em Memórias de Minhas Putas Tristes. As horas vão passando e o tempo acabando. Todo dia um dia a menos. O tempo vai escorrendo a vida em cada segundo.O cara perde o sono.Já reparou que quanto mais velho o camarada menos ele dorme? E o relógio faz barulho quando o ponteiro de segundos desce do meio-dia até às sete. Aí, volto a pensar no tempo. Olho para o relógio e fico pensando se está indo para trás.Minha vida.Eu sou um cara que penso sempre pra frente. Quero fazer terapia de vidas futuras. Nada de vidas passadas. Ao mesmo tempo, adoro ver os velhos amigos: a Enoeh, o Jorge, o Big. Tenho visto o Luiz Thunderbid. Ele inventou um programa de vídeo na Internet muito legal. Recomendo: www.thundervox.com.br.O relógio do novo.O relógio não pára. O Pio deve estar feliz da vida. A máquina é boa e a engenhoca que ele inventou funciona. Uma vez uma mineira me perguntou: "Quantas horas?".Tic tic tic.Julio Moreirawww.juliomoreiravideos.blogspot.comjulioamoreira@gmail.com
Esta semana ganhei de um amigo um relógio que anda para trás. Maluco o relógio. Invenção do Pio Redondo.Coloquei o relógio na minha mesa de trabalho e fico olhando para ele. Parece que o tempo está de marcha a ré.Apesar dos ponteiros andarem para trás, o relógio marca o tempo normalmente, apenas os ponteiros andam no sentido inverso.Parece com o personagem nonagenário de Gabriel Garcia Marques em Memórias de Minhas Putas Tristes. As horas vão passando e o tempo acabando. Todo dia um dia a menos. O tempo vai escorrendo a vida em cada segundo.O cara perde o sono.Já reparou que quanto mais velho o camarada menos ele dorme? E o relógio faz barulho quando o ponteiro de segundos desce do meio-dia até às sete. Aí, volto a pensar no tempo. Olho para o relógio e fico pensando se está indo para trás.Minha vida.Eu sou um cara que penso sempre pra frente. Quero fazer terapia de vidas futuras. Nada de vidas passadas. Ao mesmo tempo, adoro ver os velhos amigos: a Enoeh, o Jorge, o Big. Tenho visto o Luiz Thunderbid. Ele inventou um programa de vídeo na Internet muito legal. Recomendo: www.thundervox.com.br.O relógio do novo.O relógio não pára. O Pio deve estar feliz da vida. A máquina é boa e a engenhoca que ele inventou funciona. Uma vez uma mineira me perguntou: "Quantas horas?".Tic tic tic.Julio Moreirawww.juliomoreiravideos.blogspot.comjulioamoreira@gmail.com
Coisas dos meus amigos...
Por que ocorrem tantos desencontros no Amor?
O que se espera de um relacionamento? Homens e mulheres são realmente de planetas diferentes?Essas são as perguntas mais comuns no consultório quando se trata de relacionamento. E surpreenda-se. Tanto por mulheres quanto por homens na mesma proporção. Pois é, parece que homens e mulheres refletem sobre as mesmas coisas no que diz respeito a relacionamento amoroso. Aparece aqui já uma dica sobre a questão se somos ou não de planetas diferentes. Não somos, não! Pelo contrário, estamos ficando tão parecidos, homens e mulheres, que já não temos mais a menor idéia do que é papel de um, o que é papel do outro. Isso não seria problema se soubéssemos nos comunicar melhor uns com os outros, digo homens e mulheres, porém ainda precisamos melhorar muito nesta arte.Há apenas algumas décadas, homens e mulheres tinham papéis bem definidos. Tipo o homem era o único provedor e portanto detentor do poder, era quem mandava, na relação mulher-homem. Somente este aspecto já modifica radicalmente o relacionamento, não é ? Hoje os dois provêm, trabalham, mantêm a casa, "mandam", tomam todas as decisões pertinentes a relação.Esta falta de roteiro permite tantos roteiros quanto se queira inventar. Quanto as diferenças entre mulheres e homens, padecemos das mesmas coisas, das mesmas inseguranças, da mesma fragilidade, da mesma vontade de sermos amados, sermos cuidados, compreendidos, acolhidos, respeitados, e mais que tudo, importantes, muito importantes na vida do outro. Pôxa, mas se sofremos das mesmas fragilidades por que temos tanta dificuldade em entender o outro? Talvez seja porque no Amor temos "dois pesos e duas medidas". Esperamos do outro coisas quase impossíveis, coisas que nós não temos para dar. Coisas como “amor incondicional” ou esperar que o outro tenha a capacidade de adivinhar o que estamos desejando ou pensando sem que se tenha que dizer nada e por aí vai. Se tratássemos o outro como gostaríamos que nos tratassem talvez pudéssemos ser mais felizes no Amor. Homens idealizam suas mulheres e vice-versa.Lembra do "não faça ao outro..." O que aconteceu ao "Ame o próximo como a ti mesmo"?E que tal os abusos cometidos em nome do amor? Quem disse que o amor inclui vigiar a liberdade do outro o tempo todo? Pois é, há muitos casais que se vigiam mutuamente o tempo todo e se criticam o tempo todo. Já não é fácil viver sob o olhar de um outro... Além disso a mídia tem nos vendido a idéia de que encontrar pessoas é tão fácil que não vale a pena se esforçar muito para manter a relação. "Amor é que nem biscoito, vai um vem oito". Parece que o amor é mais uma questão de mercado que obedece a lei da oferta e da procura. "Se eu sou sarada e bonita me cabe um par igualmente bonito e em forma". A relação romântica passou a ser o encontro conveniente de dois seres para fugir à solidão, à inadequação social. O objeto de interesse no amor é de fato, objeto de interesse, objeto da atenção. Bem longe do encontro EU-TU de Martin Buber.Já magoados pelas relações anteriores (casamentos desfeitos, noivados rompidos, grandes doses de boa vontade sendo arrasadas por ‘deslealdades’ e decepções...que na verdade não passam todas de experiências de desencontro) temos grande dificudade para investir afetivamente em novas relações, para estabelecer novas ligações. Estamos machucados e temos medo de acreditar...A confusão do amor com desejo sexual faz com que a troca de parceiro seja mais constante já que o desejo sexual acaba se exaurindo em sua própria satisfação.Mas e o Amor, onde anda? O que é? Segundo Erich Fromm, cada vez mais atual, o "Amor não é uma relação para com uma pessoa específica; é uma atitude, uma orientação de caráter, que determina a relação de alguém para com o mundo como um todo, e não para com um 'objeto' de amor. Se uma pessoa ama apenas a uma pessoa e é indiferente ao resto de seus semelhantes, seu amor não é amor, mas um afeto simbiótico, ou egoísmo ampliado. Contudo, a maioria crê que o amor é constituído pelo objeto e não pela faculdade (capacidade de amar)". E tem mais: "O amor erótico é exclusivo (em nossa cultura), mas ama na outra pessoa toda a humanidade, tudo quanto vive"..."Amar alguém não é apenas um sentimento forte: é uma decisão, um julgamento, uma promessa". E mais que tudo, uma possibilidade. Cada um, dependendo de sua estrutura psicológica, tem expectativas bastante diversas quanto ao Amor. Uns são complementados em suas fraquezas, outros, em suas forças.Alguns organizam suas vidas em torno do desejo de agradar, de ser cuidado, ou alternativamente, de controlar, de dominar, de manipular, coagindo o parceiro a atender suas satisfações, suas necessidades, suas vontades, porque não confiam na autenticidade do Amor de ninguém, não acreditam que o que são, sem sedução e manipulação, seja suficiente para serem amados. Quer busquem completude ou preenchimento pela dominação ou submissão, pela obediência ou sendo obedecido, sempre há o mesmo fundamental sentimento de vazio, um "oco" no âmago do ser, um "buraco" que "grita", que "urra" onde um "self" autônomo falhou na possibilidade de assimilar e integrar a básica e fundamental solidão existencial. Nas palavras de Fromm, “Amar é dar”. Dar. Amar é o exercício da generosidade. É a vontade de dar sem esperar nada em troca. Uma incrível e incontrolável vontade de fazer o outro feliz. Fazer “alguma coisa” para ver o outro feliz. O oposto disso são aquelas relações em que vemos um fazer “qualquer coisa” para infernizar a vida do outro. Muitos “medem” o amor do outro pela quantidade de sacrifícios cometidos. E aí, que tal, dar sem esperar receber nada em troca? Você está achando fora de moda? Pelo contrário, é a última moda. Experimenta. Experimenta.
Bettina Korall é psicoterapeuta e professora de técnica vocal, clinica e dá aulas em São Paulo - Capital
Coisas dos meus amigos...
InCertezas
Quando eu comecei a sair à noite, meados da década de setenta, havia algumas certezas que hoje podem ser bem diferentes. Naquele tempo, duas amigas sentadas em uma mesa de bar era uma festa para nós homens. Hoje em dia, muito provavelmente, elas são namoradas.Por outro lado, um casal era casal. Diferente deste que está sentado na mesa aqui em frente, uma mulher com seu melhor amigo gay.Mas também, padaria era padaria e restaurante era restaurante. Agora estou sentado no Santa Clara, um lugar na Vila Madalena que reúne os dois. Uma padoca restaurante ou um restaurante na padaria.Fumar quando eu tinha 15 anos era sinônimo de status. A gente fumava Charm, Hollywood. Hoje é um incomodo. Eu até parei. Fumo cigarrilhas e de vez em quando.Maconha era coisa de malandro, de filhinho de papai descolado. Outro dia, parei no bar da faculdade para tomar uma cerveja com meus alunos. Quando contei o oitavo baseado aceso fui embora. Não tomei nem um copo de cerveja. Estávamos na esquina, em frente à faculdade. Impressionante como a molecada assumiu.Acho que a gente está ficando ultrapassado. A gente até consegue acompanhar a tecnologia, nos mantemos informados. Me renovo com os alunos. Tenho um blog.Mas eu começo a notar que as idéias são muito diferentes, o comportamento. Vem uma certeza de que mais cedo ou mais tarde vamos estar superados. Que bom. Que bom que o mundo que a Mariana, minha filha, vai encontrar não é o mesmo que o meu.Boa sorte Mariana!
Coisas que vejo...
Vida sentimental
O que mais ouço são pessoas falando de quanto as coisas, no plano sentimental, andam difíceis. São homens reclamando das mulheres, mulheres reclamando dos homens, também tem homens reclamando de homens e mulheres reclamando de mulheres...mas tudo bem...A questão está na dificuldade do relacionamento. Todo mundo sozinho...mas lá no fundo todo mundo querendo ficar com alguém. Então aonde está a dificuldade?... me parece a lei de oferta e procura, tem gente querendo comprar e tem gente querendo vender...É...não é tão simples assim, a vida agitada que a gente leva, que super valoriza o consumo, nos obriga a correr cada vez mais atrás das coisas. Daí não sobra tempo pra se dedicar ao outro. Ninguém quer dividir nada, quer apenas somar...aí no final a conta nunca dá certo. Quando a gente quer mesmo investir é preciso pensar no relacionamento como uma terceira pessoa. Não dá muito certo quando a gente só pensa na gente, também não dá certo quando só pensamos no outro. É preciso pensar no relacionamento...o que é legal?...o que é preciso fazer para que a nossa história juntos de certo?Bem... não tenho a resposta, não sou conselheira sentimental, nem psicóloga, sou apenas uma mulher vivida, e que se interessa pela alma das pessoas...e pra falar a verdade minha vida sentimental não anda lá essas coisas...
Mari Angela Magalhães
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